Corrigindo Arritmia- Fibrilação Atrial

O que é fibirlação atrial?
É uma arritmia do coração responsável por uma alta freqüência das câmeras cardíacas atriais. Pode levar a formação de trombos no átrio esquerdo e consequentemente chance de embolia cerebral ou periférica.

O que deflagra a fibrilação atrial?
Uma série de exposições: predisposição individual, medicamentos, álcool, estresse e doenças do coração.

Que doenças do coração levam a fibrilação atrial?
Principalmente as doenças da valva mitral e a doença coronariana.

Qual a classificação de fibrilação atrial e qual sua importância?
Pode ser divida: permanete, persistente e aguda. Os portadores de fibrilação atrial permanente e persistente que irão submeter-se a cirurgia cardíaca devem ser avaliados criteiosamente.

Se um indivíduo é portador de fibrilação atrial e vai ser operado do coração o que fazer?
Esta é a melhor oportunidade do médico tentar corrigir a fibrilação atrial, durante o ato cirúrgico.

Como se corrige a fibrilação atrial?
Através de medicamentos, cardioversão elétrica, ablação por estudo eletrofisiologico(cateterismo) ou cirurgia.

Qual a cirurgia para a fibrilação atrial?
É realizado ablação (lesão por queimadura) na camada interna(endocárdio) das câmeras cardíacas atriais(esquerda e direita). Estas linhas de ablação fazem uma espécie de labirinto para a passagem do estímulo elétrico normal do coração, com isso diminui-se a chance da fibrilação atrial se restabelecer. O nome da cirurgia vem de Cox (de James Cox-criador da cirurgia) Maze(labirinto em inglês).

Como pode ser feita a ablação?
Com energia ultrassom(bisturi harmônico), radiofreqüência ou elétrica.

Qual o índice de reversão de fibrilação atrial para ritmo normal do coração?
Em torno de 75% dos pacientes ao longo de um ano retornam em ritmo normal do coração(ritmo sinusal).

Monitorização de cirurgia (pré e pós correção)
Monitorização de cirurgia (pré e pós correção)

Qual os cuidados de pós-operatório?
Revisões mensais até 6 meses e trimestrais até o primeiro ano. Manter as medicações prescritas é fundamental, assim como comunicar os médicos caso volte a sentir palpitações.

Quais os riscos desta cirurgia?
A cirurgia cardiovascular interfere literalmente com o funcionamento de todo o organismo, isto implica a possibilidade de qualquer sistema entrar em falência. Obviamente, tomamos todas as medidas de proteção orgânica.

Vamos didaticamente dividi-las por sistemas orgânicos, vou descrever em linhas gerais as complicações possíveis de uma cirurgia do coração:

1-Sistema cardiovascular: Arritmias, bloqueio cardíaco(temporário ou definitivo), baixo débito cardíaco, insuficiência valvar residual, comunicações camerais residuais, disfunção ventricular, vasoplegia, choque, síndrome da resposta inflamatória sistêmica, dificuldade me retirar/desmamar drogas vasoativas, necessidade de balão intraórtico, infarto do miocárdio, etc

2-Sistema renal: insuficiência renal aguda, hemoglobinúria, necessidade de diálise no pós-operatório, etc

3-Sistema hematológico(sangue): coagulopatia(alteração na capacidade de formar coágulos pelo organismo), anemia, plaquetopenia(queda no número de plaquetas), hemólise, sangramento por coagulopatia, etc

4-Sistema respiratório: dificuldade em oxigenação, edema pulmonar, lesão pulmonar mínima, lesão pulmonar importante, necessidade de altas concentrações de oxigênio, necessidade de suporte com ventilação mecânica prolongado, necessidade de traqueostomia, derrame pleural, etc

5-Infecciosas: broncopneumonia, infecção urinária, infecção de pele, mediastinite(infecção cirúrgica profunda), endocardite, infecção em cateteres, etc

6-Sistema nervoso: AVC(acidente vascular cerebral) conhecido como derrame, irritabilidade, convulsão, alteração no sono e apetite, alteração no humor, paraplegia(específico de cirurgia de aorta descendente), etc

7-Específicas: bloqueio cardíaco, necessidade de marcapasso definitivo, retorno da fibrilação atrial, embolia arterial, perfuração de esôfago.