Transfusão sanguínea (QUANDO E COMO)

Todas as cirurgias cardiovasculares são consideradas de grande porte, independentemente de haver previsão de menor ou maior perda de sangue. Como rotina, todos os pacientes precisam de reserva de sangue no Banco de Sangue do hospital que ocorrerá a cirurgia.

Existem critérios médicos que indicam a necessidade de hemoderivados (todos os tipos de derivados do sangue: plaquetas, plasma fresco congelado, crioprecipitado e concentrado de hemáceas).

Há duas possibilidade de cirurgia:

1-Com auxílio da máquina coração-pulmão (vide Informações ao Paciente & Família- O que é Circulação Extra-Corpórea)

Nestes casos, a equipe calculará a volemia(quantidade total de sangue) do paciente e a necessidade de preenchimento da máquina. Uma série de fatores influenciam a necessidade de hemoderivados(peso, idade, tempo de cirurgia, anemia prévia, perda sanguínea, etc)

2- Sem auxílio da máquina coração-pulmão.
Não significa que estas cirurgias sejam menores. Nesta ocasisão também consideramos a necessidade de hemoderivados(peso, idade, tempo de cirurgia, anemia prévia, perda sanguínea, etc)

Algumas medidas sempre são tomadas com o intuito de minimizar e até mesmo evitar o uso de hemoderivados:

1-Cuidado criterioso com a hemostasia(cirúrgica ou intrínseca)
2-Uso de medicações antifibrinolíticas (ex.:ácido tranexêmico)
3-Hemofiltração durante a CEC
4-Ultrafiltração modificada ao fim das cirurgias com mais de 90 min de CEC
5-Controle com tromboelastograma(quando disponível)
6-Preparo especial de alguns pacientes (se necessário)
7-Auto-transfusão intraoperatória
8-Uso da máquina de Cell-Saver que recebe o sangue perdido, processa as  hemáceas(elemento vermelho do sangue) e retorna ao paciente

Para concluirmos bem claramente, nosso objetivo é sempre restringir ou evitar o uso de hemoderivados em cirurgia do coração. Entretanto, não podemos afirmar precedentemente se haverá transfusão e em que magnitude.